Se se falasse em Educação em Setembro passado, era inevitável que o tema passaria pela Colocação de Docentes; se o assunto da Educação fosse lançado em Abril, o tema seriam os baixos resultados obtidos por Portugal no estudo PISA, relativamente ao desenvolvimento de competências em Matemática; se hoje falamos de Educação, o assunto focado passará sem dúvida pelo aviso de greve dos professores e pelos exames nacionais...
Todos estes são no entanto temas que depressa caem/caíram no esquecimento de milhares de professores, alunos e pais... Podemos então dizer que a Educação é um tema de “modas”?... Espero que não...
Pois bem; lanço hoje o debate sobre Educação, mas não para falar de greves nem de exames nacionais... Quero ir mais longe – o que queremos da Educação? O que queremos da Escola? O que queremos de cada membro da Comunidade Educativa – Aluno, Encarregado de Educação, Professor, funcionário não Docente... Dir-se-á que são perguntas filosóficas, mas, quanto a mim, são perguntas fundamentais que no dia-a-dia da Escola são muito pouco debatidas, com a desculpa (talvez real...) de que não há tempo, pois este é preciso para preencher grelhas, para elaborar relatórios, para desenhar projectos muitas vezes imaginários...
É fundamental que haja uma estratégia concelhia para a Educação, por forma a que haja uma actuação coerente e concertada, estratégia essa que resulte da participação de Alunos, Pais, Pessoal Docente e Não Docente, Autarquia, Associações/Instituições Locais.
Como ideias base para essas linhas estratégicas, avanço para já com duas:
- Apostar num sistema de Avaliação de Escola que tenha em vista uma efectiva melhoria das condições de Ensino/Aprendizagem;
- Olhar cada Escola como um espaço de formação e desenvolvimento da comunidade em que se insere, alargando públicos e horários.